sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Isto é um assalto...

Iniciei hoje a minha viagem para o Porto, a fim de começar a montar o meu stand de exposição na EXPONOR.
Ao parar na área de serviço de Aveiras de Cima para comer qualquer coisa, pois o estômago já começava a dar de si, fui plenamente assaltado legalmente!
Paguei por um simples bolo e por um Nestea de 330 ml a brutal quantia de 3,70€ (três euros e setenta cêntimos). O bolo custou 1,80€ e o sumo 1,90€.
Já dentro da EXPONOR, onde os restaurantes e bares são propriedade de uma concessionária que nem sei qual, cobram-me 1,5€ por um sumo ou uma água de 330 ml nas máquinas automáticas ou 1,7€ nos bares existentes.

É certo que eu só consumo porque quero, mas o que é de mais também enjoa. Se bem que aqui estou limitado ou então teria de fazer alguns km até ao café mais próximo!

São os preços praticados no meu país, incompreensíveis para a minha pessoa! Posso até estar com um pensamento errado mas possas, num qualquer supermercado podemos encontrar estes mesmos produtos por 3 ou 4 vezes menos.

Será assim, com a lei do safa-te se puderes que vamos combater a tão profunda crise que se está a abater sobre nós?

Duvido…

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O País Perdeu a Inteligência e a Consciência Moral

"O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo."

Eça de Queirós, 1871


Parece escrito na semana que passou...